The Dead Don't Hurt

Melodrama do western sobre uma forte heroína principal, em que é demonstrado o cruel destino que muitas vezes as mulheres no oeste americano no final do século XIX experimentavam, é ao mesmo tempo entrelaçado com críticas às elites ricas impunes, que podem comprar tudo e todos e distorcer a justiça no seu próprio benefício. Krieps e Mortensen estão bem nos papéis principais e às vezes se saem bem mesmo sem palavras, apenas com expressões precisas e eloquentes, e Solly McLeod os apoia com firmeza no papel do perigoso vagabundo como o principal antagonista. Com certeza ficarão na memória as belas paisagens e a música emotiva (também de Mortensen). No entanto, a história surpreende desagradavelmente com uma narrativa dividida em três linhas temporais, entre as quais se salta um pouco desajeitadamente para frente e para trás. A linha dedicada à infância da heroína, além disso, não enriquece muito a história e a ordenação não linear dos eventos infelizmente impede que os momentos catárticos e emocionais sejam adequadamente desenvolvidos. (30/06/2024)

Previsível, kitsch ao ponto da ingenuidade, a lógica do encontro do personagem principal com o vilão antes do confronto final é, no mínimo, risível. E quando não sabemos como acabar, mostramos o oceano. O que, embora sirva para dar profundidade, é um truque barato para acrescentar a qualquer drama. O desempenho de Vicky Krieps é a única componente acima da média do filme. Viggo Mortensen é um camaleão de atuação simpático e admirável, e é bom que ele tente as suas próprias criações originais, mas... [KVIFF] (06/07/2024)

(KVIFF 2024) When I first looked at the synopsis, the plot of The Dead Don’t Hurt reminded me a lot of the twenty years older Cold Mountain, which also dealt with the separation of two partners due to the man's enlistment in the army and the related plight of a lonely woman in 19th century America. Viggo Mortensen, who directed, wrote, starred and scored the film, tells the story of Vivienne and Holger, for whom life has provided beautiful but also bitter moments, and you can feel that Mortensen has put a lot of effort into the film. From an audiovisual point of view, it is a well done piece with beautiful locations and spare music, but in terms of narrative I was bothered by the sometimes rather random jumps between the three time planes; I was also surprised by the creative decision to give away one of the important plot twists right at the beginning. Better three stars! (29/06/2024)

Viggo Mortensen delivers his directorial, writing, producing, acting and ultimately composing feat set in California in the second half of the 19th century. The arguably all-around excellent Vicky Krieps shines here as Vivienne, a girl who, though solidly off the rails, feels firsthand during the course of the story how hard it was to be a woman in the Wild West. Mortensen shows himself to be a decent craftsman behind the camera, but his storytelling style is a bit ham-fisted (the jumps back and forth in time feel a bit out of place) and his darkness is, with all due respect, dull. In any case, you'll be very pleased with the nicely shot and first-rate California locations and the chemistry that works very well between the film's two leads. [KVIFF 2024] (29/06/2024)